quarta-feira, 9 de julho de 2008

Jardim de flores


Vi um jardim
Com rosas que me fascinou
Belas e perfumadas
Que enfeitam até a dor
Alegres e tristes
Inocentes e debochadas
Como pode ser uma flor
Trouxeram-me lembranças
E saudades de toda cor
Roubei a mais cheirosa
E seu perfume me extasiou
Cada uma tem seu destino
Que um dia Deus traçou
A vermelha recebe a namorada
Com uma linda declaração de amor
Um ramalhete de rosas brancas
Vai enfeitar um andor
E caminhar em procissão
Lá em São Salvador
As amarelas são ardentes
Volúveis e levianas
Com muita vida e calor
Vão embora com os ventos
E não importa pra onde ele for
As de cor rosa são tagarelas
Se parecem jovens ousadas
E cheias de ardor
Algumas cedo murcham
Pois não suportam o desprezo
De quem um dia lhe deixou
As do buquê da noiva radiante
Tem jeito de amada amante
Ou donas de seu senhor
Tem aquelas que ficam no campo
Ouvindo o canto do sabiá
Essas vão colorir o mundo
Pois ninguém conseguiu lhe lograr
As roxas chamam mais outras
E se ajoelham num túmulo
Para suas lágrimas derramar
Sol Pordeus

Nenhum comentário: